As grandes redes de farmácias que lideram o setor seguem no topo. A liderança permanece nas mãos da Raia Drogasil pelo 12º ano consecutivo
As grandes redes de farmácias do país viveram um 2022 histórico ao superarem pela primeira vez a casa dos R$ 80 bilhões de receita e gerarem mais de 1 bilhão de atendimentos. E o ranking das maiores empresas do setor atesta a consolidação das líderes.
Os indicadores da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), compilados pela FIA-USP, levam em consideração os resultados enviados mensalmente pelas 27 redes associadas e não divulgam oficialmente o faturamento.
Grandes redes de farmácias se sustentam no topo
As grandes redes de farmácias que lideram o setor seguem no topo. A liderança permanece nas mãos da Raia Drogasil pelo 12º ano consecutivo. A rede foi a primeira a divulgar seu balanço financeiro de 2022, ano em que obteve receita de R$ 31 bilhões. O valor é R$ 5,3 bilhões acima do de 2021 e o crescimento chegou a 20,9%.
A varejista vem concentrando esforços na capilaridade, com a abertura de 260 farmácias no ano passado. Já soma quase 2,7 mil unidades em 540 municípios.
“Ingressamos no ano passado em 55 novas cidades e hoje estamos com farmácias operando ou contratos já firmados para novas aberturas em 301 das 315 localidades com mais de 100 mil habitantes”, destaca o CEO da Raia Drogasil, Marcilio Pousada. A meta é inaugurar mais 780 pontos de venda (PDVs) ainda em 2023.
O Grupo DPSP manteve o segundo posto mesmo com a compra da Extrafarma pelas Farmácias Pague Menos. Com faturamento em torno de R$ 13 bilhões, a rede investe suas atenções para o ousado plano de abrir 500 lojas em três anos. E os recursos já estão assegurados. Dos R$ 450 milhões que a companhia prevê em despesas com bens de capital em 2023, 70% serão alocados para expansão territorial.
Com 1.440 unidades em nove estados e no Distrito Federal, a DPSP mira cidades no interior dos grandes centros e vai priorizar também novos estados, a exemplo do que fez em Mato Grosso, onde estreou operações em 2022. “Estamos buscando outras oportunidades para levar mais conveniência para as regiões, já que ter lojas ajuda também na omnicanalidade”, avalia o CEO do Grupo DPSP, Jonas Laurindvicius.
Posicionamento das grandes redes por loja
No quesito número de pontos de venda, a Raia Drogasil continua em primeiro lugar e a Pague Menos assumiu a vice-liderança, favorecida pela aquisição da Extrafarma. A DPSP figura na terceira colocação. E esses três players acabam de ganhar uma “sócia” no clube das redes com mil PDVs. As Farmácias São João inauguraram em março sua milésima loja, sem perder o foco nos três estados da Região Sul.
“Nosso plano é ter 100 novas unidades nos próximos 12 meses, com a previsão de criar 2 mil empregos e geração de caixa sem a necessidade de captação no mercado financeiro”, enfatiza o presidente Pedro Brair. No top 10 ainda estão a gaúcha Panvel, a paranaense Nissei, a mineira Araujo, a Drogal, baseada no interior paulista, a carioca D1000 e a Indiana, também oriunda de Minas Gerais.
“Os dez primeiros lugares revelam como o grande varejo está fortalecido nas mais diferentes regiões do país. As redes associadas somam pouco menos de dez mil PDVs, mas respondem por 53% de todas as transações de medicamentos do País”, contextualiza o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.
Nesse quesito, as corporações que mais avançaram foram a d1000, que passou da 13ª para a 11ª colocação; a paraibana Redepharma (12ª maior) e a Drogaria Minas-Brasil (17ª), que subiram três lugares.
Ranking geral das grandes redes de farmácias
Ranking por PDV
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/grandes-redes-de-farmacias-ranking/