A Sanofi está testando um fármaco para dermatite atópica
Um medicamento dermatológico faz com que a Sanofi cresça no retrovisor da Amgen. O laboratório está testando um fármaco para dermatite atópica, o amlitelimabe, que vem surgindo como opção para o tratamento estudado pela concorrente, o rocatinlimabe. As informações são da Bloomberg.
Em comunicado divulgado na última sexta-feira, dia 13/10, a fabricante informou que 46% dos pacientes testados apresentaram melhora visível na pele após tratamento por 24 semanas.
O resultado é ainda mais animador do que o anteriormente divulgado: 22% após tratamento de 16 semanas.
“Não é apenas a eficácia e a segurança a curto prazo, mas também este potencial para realmente ter um controle duradouro e uma modificação da doença que nos deixa realmente entusiasmados”, comenta o chefe de desenvolvimento global para imunologia e inflamação da Sanofi, Naimish Patel.
Assim como o rocatinlimabe, o amlitemabe também atua tendo como alvo as células OX40, que possuem um papel importante no desencadeamento da inflamação.
Medicamento dermatológico pode ser motor para manter crescimento
E o amlitemabe não é apenas uma esperança para os pacientes que sofrem com a dermatite atópica, mas também para a própria Sanofi. Criticada por alguns especialistas por ser “muito dependente” do Dupixent, a farmacêutica poderia garantir uma nova patente em breve.
Patente essa que viria muito a calhar, uma vez que a do Dupixent, que também é um medicamento dermatológico para dermatite atópica, termina em menos de dez anos.
De acordo com o analista do Citi, Peter Verdult, o amlitemabe tem um potencial máximo de vendas na casa de € 1,6 bilhão (R$ 8,5 bilhões), mesmo sem ser considerado o pioneiro em comparação com o rocatinlimabe.
O ensaio de fase 3 para o fármaco está planejado para o primeiro semestre de 2024. O mesmo remédio também está sendo estudado para a asma, mas o estágio ainda é intermediário.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamento-dermatologico-laboratorio/