Conheça os 10 medicamentos mais esperados de 2025

Analista apontam que lançamentos podem gerar US$ 29 bilhões em vendas até o fim da década nos Estados Unidos

Os dez medicamentos mais esperados de 2025 nos Estados Unidos podem gerar US$ 29 bilhões (cerca de R$ 170 bilhões) em volume de negócios até 2030, segundo levantamento da consultoria Evaluate. As informações são do Fierce Pharma.

Esse montante amplia as chances de o mercado farmacêutico viver um boom de remédios blockbusters no ano. A título de comparação, o ranking elencado para 2024 tinha vendas estimadas em “apenas” US$ 15,2 bilhões (cerca de R$ 89 bilhões).

Outro dado para aumentar o otimismo do setor é que a previsão de receita é a maior das últimas cinco edições do levantamento. O valor projetado supera até mesmo o de 2022 – período que marcou o lançamento de fármacos que realmente se provaram sucessos, a exemplo do Mounjaro e do Zepbound, ambos à base de tirzepatida e fabricados pela Eli Lilly.

Os medicamentos mais esperados de 2025

A relação dos medicamentos mais esperados de 2025 contempla, em grande maioria, categorias diretamente ligadas ao envelhecimento populacional, inclusive oncologia. “E no caso dos remédios contra o câncer, muitos deles atuam no combate a vários tumores, o que eleva os valores de mercado e contribui para puxar o faturamento”, avalia Glauco Marcondes, diretor de specialty care da Close-Up International.

1- Alyftrek, da Vertex Pharmaceuticals

Indicação: fibrose cística

Vendas estimadas até 2030: US$ 8,3 bilhões (R$ 48,6 bilhões)

Aprovado no fim de 2024, é uma combinação tripla de vanzacaftor, tezacaftor e deutivacaftor. Anteriormente era conhecido como Vanza Triple

2- Dato-DXd, parceria AstraZeneca e Daiichi Sankyo

Indicação: câncer de mama e pulmão

Vendas estimadas até 2030: US$ 5,9 bilhões (R$ 34,5 bilhões)
Considerado o próximo conjugado anticorpo-fármaco (ADC) de relevância, o Dato-DXd (datopotamab deruxtecan) é fruto da parceria entre AstraZeneca e Daiichi Sankyo. Apesar do otimismo, o desenvolvimento teve contratempos em 2023 e 2024, com mortes e efeitos adversos em seus testes

3- Suzetrigina, da Vertex Pharmacuticals

Indicação: dor aguda e neuropática

Vendas estimadas até 2030: US$ 2,9 bilhões (R$ 16,9 bilhões)
O medicamento à base de suzetrigina é um não opioide inibidor de NAV1.8 projetado para bloquear sinais de dor

4- Aficamten, da Cytokinectis

Indicação: cardiomiopatia hipertrófica

Vendas estimadas até 2030: US$ 2,8 bilhões (R$ 16,9 bilhões)
Em voo solo após as conversas sobre uma possível aquisição pela Novartis fracassarem, a Cytokinectis entra na lista com seu aficamten. O medicamento é uma resposta ao inibidor de miosina cardíaca da Bristol Myers Squibb, sucesso no mercado norte-americano e europeu

5- Brensocatibe, da Insmed

Indicação: doenças que afetam a produção de neutrófilos
Vendas estimadas até 2030: US$ 2,8 bilhões (R$ 16,4 bilhões)
A Insmed solicitou a aprovação à FDA no fim do ano passado, indicando o medicamento especialmente para o tratamento da bronquiectasia não fibrose cística. A empresa de biotecnologia é a mais recente entre as “pequenas” que desejam se alçar ao Olimpo do mercado farmacêutico

6- Tolebrutinibe, da Sanofi

Indicação: esclerose múltipla

Vendas estimadas até 2030: US$ 1,4 bilhão (R$ 8,2 bilhões)

O remédio inibidor de BTK foi adquirido pela companhia em 2020 por US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 21,6 bilhões)

7- Mazdutide, parceria entre Eli Lilly e Innovetn

Indicação: diabetes tipo 2 e obesidade

Vendas estimadas até 2030: US$ 1,3 bilhão (R$ 7,6 bilhões)
A tirzepatida provou-se um grande trunfo no portfólio da Eli Lilly. Agora, em parceria com a Innovetnx, a farmacêutica projeta seu próximo sucesso na categoria de GLP-1

8- Depemokimab, da GSK

Indicação: asma alérgica grave

Vendas estimadas até 2030: US$ 1,2 bilhão (R$ 7 bilhões)
Cercado de expectativa, o anticorpo monoclonal figura entre as principais aposta da britânica GSK

9- Vacina MenABCWY, da GSK

Indicação: vacina meningocócica

Vendas estimadas até 2030: US$ 1,2 bilhão (R$ 7 bilhões)

Outro importante braço da atuação da GSK será o mercado de imunizantes. Aliando sua experiência acumulada em vacinas contra a doença meningogócica, a farmacêutica combinou os componentes antigênicos da Menveo e da Bexsero em um único produto

10- Nipocalimabe, da Johnson & Johnson

Indicação: miastenia gravis e outras doenças autoimunesVendas estimadas até 2030: US$ 1,2 bilhão (R$ 7 bilhões)
Fechando o top 10, a Johnson & Johnson deposita suas fichas no nipocalimab. Resultado da aquisição da Momenta Pharmaceuticals em 2020, o remédio encontra-se em fase final de aprovação.

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