Setor que hoje acumula 36,61% das vendas nas farmácias prevê atingir 40% nos próximos quatro anos
Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, a PróGenéricos, aponta que apesar das previsões indicarem que ainda deve levar cerca de 4 anos para categoria alcançar 40% na média nacional de participação de mercado das vendas de medicamentos no varejo, 3 estados brasileiros já atingiram essa marca.
São eles: Minas Gerais (44,27%), Pernambuco (41,43%) e Rio Grande do Sul (41,15%). Os 3 estados fazem parte de um grupo de 7 cuja participação de mercado ultrapassam a média nacional que atingiu 36,61% no primeiro semestre de 2023. São Paulo 37,13%, Rio de Janeiro 38,14%, Paraíba 39,06% e Rio Grande do Norte 38,74%. Os indicadores de mercado são do IQVIA, instituto global especializado no monitoramento do mercado farmacêutico, e referem-se às vendas do 1º semestre de 2023.
Estes 7 estados, somados, representam 53,30% da população brasileira, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e respondem por 63% das vendas totais dos genéricos no País.
“Quanto maior a participação dos genéricos em uma determinada região significa mais acesso e economia para pacientes e médicos comprometidos com a qualidade de suas prescrições e com a capacidade de pagamento de seus pacientes pelos tratamentos”, afirma o presidente executivo da ProGenéricos, Tiago de Moraes Vicente.
Se na maioria das unidades da federação a média de participação dos genéricos ainda não atingiram a média nacional, os percentuais são bem próximos e representativos. Bons exemplos que demostram a situação são os estados da Bahia 34,71% e o GO 33,51% ” São pequenas variações de mercado que serão corrigidas ao longo do tempo, nos mostram as estatísticas”, aponta Vicente.
Participação Regional
Esta realidade pode ser constatada quando analisamos a participação de mercado de genéricos por regiões. Enquanto na região Sudeste chega a 39,04%, no Sul é de 36,24%, no Nordeste 35,62%, Centro Oeste 31,91% e Norte 29,23%. Todos os percentuais relativamente bem próximos. Maiores distorções, no entanto, são notadas no Centro Oeste com 31,91% e, especialmente, na Região Norte, com 29,23%.
Os 5 estados brasileiros em que os genéricos possuem menor participação estão todos na Região Norte. São eles: Pará (29,66%), Acre (29,24%), Tocantins (28,38%), Amazonas (27,47%) e Roraima (26,27%). “Os genéricos são menos acessados em regiões com baixa densidade populacional e com indicadores socioeconômicos abaixo da média nacional”, explica.
Ainda segundo a PróGenéricos, fatores como acesso à informação, menor oferta de serviços e profissionais de saúde devido à distância dos grandes centros urbanos do país podem ser fatores que levam à uma adesão menor dos genéricos em algumas regiões.
“Os genéricos são o principal instrumento de acesso a medicamentos do país e uma das maiores conquistas da população brasileira. Ampliar a participação dos genéricos nos estados e regiões onde a participação está abaixo da média do mercado não é uma preocupação comercial da indústria, mas uma agenda de saúde pública que irá beneficiar imensamente toda população”, conclui o presidente executivo da ProGenéricos.
Fonte: assessoria de imprensa da PróGenéricos (Vital Agência)