Os anti-histamínicos são medicamentos comumente prescritos para o tratamento de alergias. O mecanismo de ação depende de cada tipo e conhecê-lo é fundamental para o sucesso do tratamento
De pele, alimentar, medicamentoso, respiratório… O que não faltam são quadros de alergias que podem acometer de crianças a idosos em diferentes fases da vida. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), no Brasil, 30% da população possui algum tipo de reação alérgica, sendo a rinite, a bronquite e a asma as predominantes.
Em muitos casos, o tratamento para alergias inclui de medicamentos a mudanças de hábitos e comportamentos. No campo dos fármacos, os anti-histamínicos entram em cena como o grupo de medicamentos mais utilizados no tratamento das alergias.
“Uma vez que o corpo entra em contato com alguma substância que o paciente tem alergia (alérgeno), se iniciará uma sequência de reações imunológicas, cujo principal produto é a histamina. Esta substância está envolvida nos principais sintomas alérgicos da rinite, como: espirros, coriza, coceira e lacrimejamento. A histamina está envolvida em processos bioquímicos de respostas imunológicas”, esclarece a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti.
Ela diz que os mecanismos de ação dos anti-histamínicos são variáveis, de acordo com o medicamento administrado. Basicamente, os eles bloqueiam a ação da histamina. Há, inclusive, diferenças entre os que causam e os que não causam sonolência, por exemplo. “Os antialérgicos de primeira geração possuem facilidade de atravessar a barreira hematoencefálica e atingem o Sistema Nervoso Central (SNC). Nesse caso, o usuário do medicamento poderá apresentar reações adversas, como sonolência, fadiga, entre outras”, diz.
Entre os anti-histamínicos de primeira geração estão o cloridrato de hidroxizina, por exemplo, indicado para tratamento da tosse, e também o maleato de dexclorfeniramina, indicado para casos de rinite alérgica perene e sazonal, conjuntivite alérgica, manifestações cutâneas alérgicas leves, entre outros.
Já fármacos como a fexofenadina são de segunda geração e têm ação não sedante. “São indicados para o tratamento de alergias respiratórias superiores com alívio temporário de coriza, espirros, coceira no nariz ou garganta e/ou olhos lacrimejantes e coceira devido à febre do feno ou outras alergias respiratórias superiores”, explica Maria Aparecida. Outro exemplo de anti-histamínico de segunda geração muito popular que é a loratadina, indicada para aliviar os sintomas nasais e não nasais de alergias sazonais.
Seja qual for o fármaco, fica o alerta. “Todo medicamento apresenta riscos e o profissional da saúde deverá avaliar o paciente como um todo. Grupos específicos, como mulheres grávidas ou em aleitamento, bebês, crianças e idosos necessitam de uma grande atenção, pois são grupos frágeis e muito vulneráveis”, finaliza.
Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/os-mais-utilizados