Foto reprodução: Guia da Farmácia
O mercado global de farmácias movimenta US$1,2 trilhões por ano, e o mercado global de cuidados com a saúde movimenta US$9 trilhões, representando 11% do PIB mundial
Refil móvel, dispensação de medicamentos em loja e dispensação central, são as três tendências tecnológicas que o líder sênior e estrategista de inovação em experiência do cliente na Wd Health + Wellness, Dan Stanek, aposta para os próximos anos do varejo farmacêutico global. “Espera-se que o mercado global de farmácias digitais cresça consideravelmente até 2030, passando de US$ 59,93 bilhões em 2021 para US$ 256 milhões em 2030”, conta o especialista, destacando que as oportunidades com alta probabilidade de crescimento de demanda se encontram no envelhecimento da população e nas condições crônicas.
Segundo ele, o farmacêutico ganhará um papel cada vez mais acentuado como no auxílio a saúde do paciente. “A empesa de consultoria Forrester prevê que clínicas de saúde de varejo dobrarão sua participação em cuidados primários em 2023 e o futuro da farmácia vai muito além do frasco. A farmácia é um ecossistema com amplos serviços, guiado por tecnologia, altamente focado no consumidor, gerando verdadeiros atores de cuidado com a saúde”, destaca Stanek.
Atualmente, o mercado global de farmácias movimenta US$ 1,2 trilhões por ano, e o mercado global de cuidados com a saúde movimenta US$ 9 trilhões, representando 11% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, a Associação Brasileira de Redes das Farmácias e Drogarias (Abrafarma), é responsável por dispensar quase 50% dos medicamentos consumidos no País e 54% dos não medicamentos, representando ao todo, mais de R$ 86 bilhões em vendas.
“A questão é como podemos utilizar melhor os recursos que já estão disponíveis, incorporando no sistema e melhorando a vida das pessoas. A nova norma aprovada em primeiro de agosto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é algo disruptivo. Isso vai ampliar o mercado e dar para as pessoas uma dimensão de cuidado, que é algo que ainda não temos no Brasil. Eu posso, por exemplo, oferecer cinco testes na farmácia para uma pessoa que nunca fez exames e o desfecho pode ser completamente diferente”, explica o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.
Outro destaque do segundo dia da 10ª edição do Abrafarma Future Trends, foi o estande da Coca-Cola FEMSA, que para os próximos três anos, espera que os negócios com o varejo farmacêutico cresçam cerca de 40%.
Com o tempo, o mix de produtos demandado nesses estabelecimentos mudou. “Se antes água era a estrela do checkout, hoje o consumo do shopper está bem diferente.
A busca por produtos funcionais (de maior valor agregado), snacks e doces cresceu vertiginosamente, o que traz para o ponto de venda (PDV) uma oportunidade de aumentar seu tíquete médio. Outro dado que traduz a diversificação de padrões de consumo nesses PDVs é a comercialização de energéticos, que, desde 2018 dobrou a participação no mix, ultrapassando até mesmo as vendas de água.”, explica o gerente nacional de canais emergentes da Coca-Cola FEMSA Brasil, Glauber Marinho.