As farmácias na era da collabs

O mercado de colaborações, especialmente as temporárias ou edições limitadas, funciona como uma poderosa ferramenta de marketing

A estratégia de collab entre marcas, apesar de não ser recente, vem tomando mais força nos últimos anos não só no Brasil, mas também em outros países.

Nasceu como estratégia de marketing com amplo impacto comercial, principalmente na moda e se expandiu para diversas indústrias, incluindo alimentos, tecnologia, beleza e muito mais. Tornando-se uma tendência, inclusive no Brasil. “O sucesso dessas collabs reside na capacidade das marcas em unir forçar para inovar, diferenciar-se e atingir novos públicos criando produtos e experiências únicas que capturam a imaginação dos consumidores”, comenta a head de Operações na AGR Consultores, Priscila Saad.

Segundo ela, para que uma collab seja bem-sucedida, independentemente de seu segmento, as marcas precisam compartilhar de valores e culturas semelhantes, criando sinergia e autenticidade que ressoam com os consumidores.

Construção de marca

Para o research consultant na Euromonitor International, Rodrigo de Mattos, essas estratégias são principalmente de construção de marca. “O mercado de colaborações, especialmente as temporárias ou edições limitadas, funciona como uma poderosa ferramenta de marketing. Elas criam um hype que resulta em compras impulsivas ou por curiosidade – qual é, por exemplo, o sabor da Whey de Dadinho ou Whey de Toddy da Athletica Nutrition?”, diz. Ele ainda afirma que isso atrai o consumidor brasileiro, que está sempre em busca de novidades. “Para as farmácias, essa abordagem continua válida: criar desejo e facilitar esse tipo de compra, talvez melhorando a experiência de compra através de estratégias de trade marketing, como displays em pontas de gôndolas, que pode ajudar a aumentar o tíquete médio das farmácias”, orienta.

Estratégia da farmácia

Para Priscila Saad, a estratégia de uma farmácia pode ir além do ponto de venda (PDV) e ela pergunta: “Por que não desenvolver e distribuir com produtos com apelos únicos, com edição limitada usando a própria força da marca para uma collab de produtos? Inclusive com contextos regionais?”. “Além destas, uma recomendação é organizar espaços de produtos para nutrição e funcionais, que possam concentrar este tipo de produto, e que facilitam a jornada do cliente que está em busca desta solução – um snack para se ter a mão a qualquer hora do dia”, pontua,

A especialista da AGR Consultores ainda destaca que eventos patrocinados, de lançamento ou não, em conjunto com marcas que já possuam collab, com demonstrações no PDV, testes, degustação, potencializando vendas e captação de novos clientes podem ser boas estratégias de negócios para o varejo farmacêutico. “Incentivos para clientes que retornem com avaliação da loja e dos produtos, criando leads e melhor conhecimento de público. Outra ação é promover combinação de produtos complementares aos snacks proteicos, como vitaminas, suplementos, entre outros, impulsionando vendas (cross selling). Além de campanhas bem aplicadas, sejam nas redes sociais ou diretamente no pdv, abordando os benefícios e vantagens únicas da collab para os clientes”, finaliza.

4 benefícios em trabalhar com collabs

Abaixo, Priscila explica porque trabalhar com collabs pode ser um bom negócio para a farmácia.

1. Diversificação de portfólio: as marcas podem diversificar seus portfólios de produtos, oferecendo opções novas e interessantes aos consumidores;

2. Engajamento do Consumidor: produtos colaborativos geralmente geram maior interesse e engajamento dos consumidores, especialmente se envolver marcas populares e bem estabelecidas;

3. Reforço das Marcas: parcerias bem-sucedida podem fortalecer a imagem das marcas, associando-se a inovação, qualidade e modernidade;

4. Compartilhamento de Recursos: as marcas podem compartilhar recursos, conhecimentos e canais de distribuição, reduzindo custos e aumento a eficiência.

Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/exclusivo-as-farmacias-na-era-da-collabs/

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