Modelos de delivery impulsionam as vendas online em um modelo de varejo omnichannel. Mas qual é a modalidade de entrega ideal para você?
O comércio eletrônico vem apresentando uma expansão vigorosa até mesmo nos segmentos de varejo que têm mais proximidade com os clientes e onde a recorrência é maior. Um bom exemplo é o e-commerce de farmácias, que, segundo a Statista, deve alcançar a marca de US$ 1 bilhão em vendas no Brasil neste ano.
E essa marca importante é apenas um passo em uma expansão consistente do setor, que, até 2027, deverá chegar a US$ 1,65 bilhão. Mas como aproveitar esse segmento que terá uma taxa média anual de crescimento de 10,52% para ganhar espaço no mercado e conquistar mais clientes? Mais ainda: como fazer isso de maneira lucrativa?
Um ponto merece atenção: o baixo tíquete médio nas transações do e-commerce de farmácias. Ainda segundo a Statista, o valor médio por usuário no Brasil hoje é inferior a US$ 25, fazendo com que a operação digital tenha de ser muito bem ajustada para que seja rentável.
Há ainda a questão da concorrência com as lojas físicas. Em negócios com forte vocação de conveniência – como é o caso das farmácias – o consumidor tem muito menos tolerância a esperar dias pelo seu pedido. Afinal de contas, a loja física está (literalmente) na esquina e bastam alguns minutos para fazer a compra.
A solução para esse dilema está em unir o melhor dos dois mundos, transformando a loja física e o e-commerce em partes da mesma jornada de consumo.
Omnichannel + delivery = sucesso
É muito caro e demorado levar produtos de farmácia de um Centro de Distribuição para a casa do cliente, mas a loja física é perfeita para cumprir o papel de hub logístico. Nesse modelo de operação, um pedido feito online passa a ser atendido a partir da loja física mais próxima do endereço do cliente – e pode ser entregue em questão de minutos.
A logística omnichannel, nesse caso, traz os benefícios da proximidade e da praticidade para que a farmácia faça parte do dia a dia dos clientes em mais ocasiões de consumo. Para que o vínculo com os clientes se complete, porém, é preciso desenvolver uma logística de última milha eficiente.
Nesse ponto, dois modelos de entrega podem se combinar – ou podem ser usados independentemente – para colocar os produtos nas mãos dos clientes com eficiência:
1) Logística própria
A farmácia pode contar com uma estrutura própria para entrega dos pedidos. Para distâncias curtas, uma combinação de entregadores de bicicleta ou motos elétricas ainda traz o benefício de comunicar a preocupação com uma logística mais sustentável. Com um time próprio de entregadores, é mais simples uniformizar a qualidade do atendimento e oferecer uma experiência encantadora aos clientes. Por outro lado, o volume de entregas precisa ser grande para justificar a contratação de trabalhadores em tempo integral somente para essa atividade.
2) Terceiros / apps de delivery
A alternativa à frota própria é terceirizar essa atividade. A farmácia perde algo no contato final com o cliente e a entrega pode não ser “a jato”, pois um entregador precisa ir até a loja retirar o pedido. Por outro lado, o custo pode ser inferior à alternativa própria.
Não existe uma resposta pronta: cada farmácia precisa avaliar o que faz mais sentido para a sua realidade – e para o nível de serviço exigido. Por isso, foque em seus clientes para definir como executar o delivery e ampliar suas vendas.
Fonte: Luis Fischpan, diretor da vertical de Farma da Linx