Dona da EMS está mais flexível e Sanchez concordaria em ficar com no máximo 50% da empresa combinada
As conversas entre a Hypera, gigante farmacêutica do empresário João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, com Carlos Sanchez, do grupo NC (dono da EMS), ainda esbarram no valuation, disse uma fonte.
Conforme o Pipeline antecipou em julho, os empresários abriram conversas sobre uma combinação dos negócios. Júnior também havia se aproximado, meses antes, da Eurfarma, de Maurizio Billi, em tratativas que não avançaram.
Uma fonte próxima à Hypera afirmou que o grupo de Sanchez está mais flexível e o empresário concordaria em ficar com no máximo 50% da empresa combinada. Do outro lado da mesa, contudo, a reclamação é de que Júnior defende a tese de que sua empresa dobrará de tamanho em um ano, mas Sanchez não comprou essa narrativa. Disse outra fonte. Há pelo menos um mês os dois não conversam.
Júnior tem 21,38% da companhia e, com a holding mexicana Maiorem, forma o grupo controlador da Hypera, com 36%. Eles têm acordo de acionistas, mas não há poison pill no estatuto da companhia.
A Hypera é assessorada pelo Bank of Amercia (BofA). A Eurofarma contratou o BTG Pactual e o Grupo NC é assessorado pelo Itaú BBA e Safra. Na coluna de Lauro Jardim, de O Globo, o jornalista informou que a farmacêutica Aché contratou o Citi para avaliar o negócio.
Na Faria Lima, os bancos de investimentos trabalham para que a operação dê certo. No entanto, há muito ceticismo em relação a um acordo entre os dois gigantes de mercado.
Procurada, a Hypera Pharma voltou a negar que tenha contratado um banco para assessorá-la em processo de venda e que haja negociações nesse sentido. A Eurofarma informou que “foca sua estratégia de M&A prioritariamente na aquisição de ativos internacionais e desconhece qualquer iniciativa de competidores em fazer aliança.” O Aché não comenta. A EMS também não.