Cerca de 30% do que a companhia está desenvolvendo tem algum nível de inovação
Com receita líquida anual de R$ 8 bilhões, a farmacêutica Eurofarma quer aumentar em 20% a 30% o faturamento gerado por produtos inovadores, para ir além da venda de genéricos. Segundo reportagem do UOL, a vice-presidente de Estratégia e Inovação do laboratório, Martha Penna, revelou que a empresa tem como objetivo lançar medicamentos para necessidades ainda não atendidas.
Segundo a executiva, cerca de 30% do que a companhia está desenvolvendo tem algum nível de inovação. Para isso, firmou parcerias com outras empresas com o objetivo de chegar à chamada inovação radical, que é o lançamento de produtos sem paralelo no mercado.
Uma delas é uma molécula para tratar dor neuropática, problema que aflige muitas pessoas que fazem quimioterapia e pacientes com doenças como diabetes e herpes zoster. A Eurofarma espera entrar com o pedido de autorização na FDA para testes em humanos no próximo ano. Se tudo correr como previsto, os estudos clínicos devem começar em 2026.
Também há projetos em andamento em doenças reumatológicas e drogas para sistema nervoso central e periférico, além de antimicrobianos.
Farmacêutica cria fundo para investir em inovação
A Eurofarma criou um fundo corporativo de venture capital para investir em negócios inovadores. O objetivo é investir US$ 100 milhões em cinco anos em empresas de tecnologia que atuam no limite da ciência. Aquelas que daqui a oito ou dez anos vão transformar suas áreas de atuação.
Uma delas é a ROME Therapeutics, que trabalha com o chamado “dark genome”, que está investigando uma proposta de medicamento inovador para lúpus, uma doença para a qual quase não há tratamentos, exceto os corticoides. As pesquisas estão na fase pré-clínica.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/farmaceutica-faturamento-inovacao/