Embora com ligeira queda no fluxo de pessoas nas lojas físicas no mês de abril, o volume de vendas de todas as atividades varejistas cresceu, assim como o tíquete médio
O movimento de clientes nas farmácias teve alta de 25% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado caminha na contramão do varejo em geral, que registrou queda no fluxo pelo segundo mês consecutivo, com recuo de 8%.
Os índices são resultados de uma pesquisa da HiPartners a partir dos dados fornecidos pelas plataformas FX Data Intelligence, F360° e Harmo. Os dados são chancelados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela 4Intelligence.
O segmento “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” contabilizou aumento em todos os indicadores no mesmo período. Além de receber mais clientes, apresentou incremento de 15% no volume de cupons de vendas emitidos e 22% em faturamento.
Embora com ligeira queda no fluxo de pessoas nas lojas físicas no mês de abril, o volume de vendas de todas as atividades varejistas cresceu, assim como o tíquete médio.
“O aumento da digitalização e da omnicanalidade, com a experiência de compra unificada, já sinaliza um indício dessa tendência, a se confirmar: menos fluxo nas lojas, porém com aumento de vendas”, contextualiza o CEO da FX Data Intelligence, Ricardo Fioravanti.
Clientes nas farmácias movimentam mercado de MIPs
O fluxo de clientes nas farmácias contribui para impulsionar o mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), com venda fora do balcão. A receita dessa categoria cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões.
É o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe de medicamentos, que acompanha o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.
Os MIPs respondem por 15% do volume de negócios, resultante das 1,42 bilhão de unidades comercializadas no período.
“O brasileiro incorporou o consumo desses produtos à sua rotina, estimulado pelo fortalecimento das farmácias como hubs de atenção primária e pela ascensão do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, observa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/clientes-nas-farmacias-sobe/