Do ponto de vista regulatório, as empresas possuem portfólios amplamente complementares, sem sobreposições significativas. No entanto, o segmento de genéricos teria a maior concentração de mercado
Do ponto de vista regulatório, diz o Goldman Sachs, as empresas possuem portfólios amplamente complementares, sem sobreposições significativas. No entanto, o segmento de genéricos teria a maior concentração de mercado
A Hypera divulgou um fato relevante informando que recebeu uma proposta pública de aquisição de ações EMS para uma combinação de negócios. Após a notícia, o Goldman Sachs emitiu um relatório avaliando o movimento.
A fusão entre EMS e Hyperacriaria uma nova companhia farmacêutica líder no Brasil, com 18% de participação de mercado.
A EMS controlaria 60% do capital da nova empresa, sendo que a proposta inclui uma oferta pública voluntária para adquirir até 20% das ações HYPE3 por R$ 30, um prêmio de 17% sobre o preço de fechamento de sexta-feira.
A conclusão do negócio depende de negociações entre as partes, aprovação dos acionistas em assembleia e aval do CADE.
O Goldman Sachs destaca que a estrutura proposta avalia a Hypera em 11,5x EV/EBITDA (últimos 12 meses até o 2T24), em linha com a avaliação da EMS. A combinação entre as empresas resultaria em uma participação de 40%/60% entre Hypera e EMS, respectivamente, com uma relação à dívida líquida/EBITDA de 2,0x.
Os analistas citam que a EMS apresentou um sólido crescimento de EBITDA (17% entre 2020-2024) e margem de 35%, destacando-se no mercado de genéricos, onde enfrenta um ambiente competitivo mais acirrado em comparação aos produtos OTC (que não exigem receita médica) da Hypera.
A EMS também propôs a aquisição pública de até 20% das ações da Hypera, com a oferta podendo ocorrer antes da aprovação final do CADE. A EMS estima que a sinergia entre as empresas incluiria desde a ampliação da força de vendas até otimização de custos e maior poder de negociação na compra de insumos.
Do ponto de vista regulatório, diz o Goldman Sachs, as empresas possuem portfólios amplamente complementares, sem sobreposições significativas. No entanto, o segmento de genéricos teria a maior concentração de mercado, o que pode ser avaliado pelo CADE. A EMS já realizou uma análise preliminar sobre concentração de mercado, não antecipando grandes restrições antitruste.
A EMS é a maior empresa farmacêutica do Brasil, com 9,6% de participação de mercado em 2023 e forte presença no segmento de genéricos e similares. Caso a fusão seja concluída, o conselho de administração da nova empresa seria composto por 5 membros da EMS e 4 da Hypera.
O Goldman Sachs tem recomendação neutra para as ações da Hypera, com preço-alvo de R$ 31,50. Os riscos de alta incluem um crescimento mais rápido das receitas e um ambiente competitivo mais racional. Já os riscos de baixa envolvem desaceleração nas vendas e aumento da concorrência.
Fonte: https://www.suno.com.br/noticias/hypera-hype3-proposta-fusao-ems-gss/