Controle de estoque, gestão de demanda e estratégia comercial são as principais áreas a serem melhoradas, mostra o estudo “Termômetro do setor – Farma”
Controle de estoque, gestão de demanda e planejamento comercial despontam como os principais desafios para empresas do segmento farmacêutico no Brasil, segundo o Termômetro do Setor Farmacêutico. A pesquisa, conduzida pela Falconi, maior consultoria brasileira de gestão empresarial, traçou um panorama das dificuldades e perspectivas do setor.
Entre os entrevistados, 22% apontaram o controle de estoque e a gestão de demanda como os maiores desafios. Em seguida, 19% destacaram estratégia e planejamento comercial, enquanto 14% mencionaram logística e infraestrutura. Apesar desses obstáculos, o clima no setor é positivo: 51% acreditam que o mercado está aquecido, e 71% projetam crescimento nos próximos seis meses.
Desafios internos e necessidade de investimentos em gestão
A pesquisa identificou que o setor farmacêutico precisará fortalecer a gestão para sustentar seu ritmo de crescimento. Entre os principais desafios administrativos apontados estão:
• Conexão entre planejamento estratégico e execução operacional (13%); • Cultura organizacional (11%); • Disciplina no controle da execução dos planos (9%); • Acompanhamento de resultados (9%); • Gestão da cadeia de suprimentos (9%).
Na cadeia farmacêutica, que engloba fabricação, distribuição e vendas, logística e distribuição foram destacadas como principais gargalos por 20% dos entrevistados, seguidas por mudanças regulatórias (14%) e o desafio de inovar com novos medicamentos (13%).
Para enfrentar essas barreiras, as empresas têm priorizado:
• Investimento em novas tecnologias (21%); • Capacitação e desenvolvimento de pessoal (17%); • Ampliação do e-commerce (15%). Tecnologia e inovação: caminhos para o futuro
O levantamento também trouxe insights sobre a adoção de tecnologias no setor. As principais ferramentas utilizadas incluem:
• Análise de dados (30%); • Sistemas de gestão (29%); • Códigos de barras (16%); • Inteligência artificial (IA), utilizada por 15% dos respondentes.
Embora essas soluções melhorem a produtividade e a eficiência operacional, apenas 25% dos entrevistados consideram o setor farmacêutico eficiente na adoção de novas tecnologias, evidenciando um longo caminho para a maturidade digital. Por outro lado, 70% acreditam que o setor é inovador, enquanto 30% ainda enxergam o segmento distante desse reconhecimento.
Apesar disso, há otimismo: 54% dos profissionais esperam mudanças tecnológicas significativas nos próximos três anos, o que indica um movimento crescente em direção à transformação digital e à inovação.
“A pesquisa mostra um mercado farmacêutico robusto e com grandes expectativas para o futuro. A combinação de confiança no crescimento, foco em tecnologia e identificação clara dos desafios revela um setor em evolução, pronto para se adaptar às demandas do mercado”, afirma Vinícius Brum, vice-presidente da Falconi.
Sobre a pesquisa.
O Termômetro do Setor Farmacêutico foi realizado na segunda quinzena de agosto de 2024, com a participação de 104 profissionais da área. Entre os respondentes, 15% são CEOs, 73% ocupam outros níveis de liderança, e 12% não exercem cargos de liderança. A pesquisa avaliou o cenário atual, as expectativas de crescimento, os desafios e as inovações tecnológicas no segmento farmacêutico brasileiro