Varejo híbrido já é realidade para 46% dos consumidores

Hoje não é mais possível olhar só o consumidor digital ou o que só compra no PDV

O varejo híbrido já se tornou realidade para 46% dos consumidores das farmácias brasileiras. Esse é o percentual dos clientes que trafegam tanto pelo ambiente digital como pela loja física antes de efetivar a compra por um desses canais, segundo indicou pesquisa inédita da IQVIA.

Os dados foram apresentados no workshop que debateu a transformação digital do autosserviço no varejo farmacêutico, promovido pela Retal Farma Brasil.

Segundo o estudo, as lojas físicas não perderam relevância com a entrada no mundo online, mas passaram a ganhar ainda mais valor estratégico como pontos de experimentação. Na integração entre os canais, pesquisar o produto no e-commerce e efetivar a compra na loja física é o meio mais utilizado principalmente nas categorias de cuidado com a face, cuidados com o bebê e fórmula infantil.

Jornada de compra dos consumidores

“Hoje não é mais possível olhar só o consumidor digital ou o que só compra no ponto de venda (PDV). As novas experiências nos últimos anos fizeram com que ele aprendesse caminhos de integração em todos os canais para finalizar as transações. Isso mostra o quanto esses dois mundos precisam estar interligados para não perder o cliente nessa nova jornada”, explica a gerente de projeto da IQVIA, Priscila Pereira.

Segundo a executiva, o consumidor webrooming – aquele que pesquisa os produtos no online e compra na loja física – está mais relacionado com as categorias de medicamentos de prescrição, cuidado com cabelo e fraldas para incontinência. Já o showrooming, que pesquisa os produtos na unidade e compra no e-commerce, recorre principalmente a protetores solares, fraldas infantis e aparelhos de medição para testes clínicos.

Vendas digitais crescem e impulsionam varejo híbrido

As vendas digitais no Brasil cresceram 142% nos últimos cinco anos e funcionam como alavancas para o varejo híbrido.

Segundo dados da ABComm, a previsão de avanço para 2023 é de 9,5%, o que corresponderia a um faturamento de R$ 185,7 bilhões. São 87,8 milhões de consumidores, cujo tíquete médio gira em torno de R$ 470.

Na categoria beleza e saúde, a alta nas vendas online foi de 12%, com faturamento de R$ 10,5 bilhões, representando 6,2% do mercado total. “Todas as categorias do canal farma cresceram no e-commerce, com destaque para os cosméticos e dermocosméticos”, ressalta Priscila.

Os desejos dos consumidores

A pesquisa também constatou que ter um aplicativo próprio da farmácia para fazer a compra é o desejo de 51% dos consumidores, enquanto 49% gostariam de encontrar o produto em qualquer canal.

51% – Ter um App próprio para fazer as compras

49% – Ter o produto que deseja em qualquer canal


47% – Desconto em utilizar mais de um canal de compra

44% – Receber em casa/ trabalho o que comprou na loja


44% – Ter uma loja/ espaço para experimentar ou visualizar os produtos


44% – Fazer a troca do produto adquirido online em uma loja física


44% – Ter um site de compra próprio


41,8% – Comprar online e retirar na loja física


41,5% – Poder fazer compra pelo WhatsApp


41,3% – Ter uma pessoa para tirar dúvidas por WhatsApp/ Tel/ chat


41,1% – Ter um sistema integrado de cadastro


39,7% – Ter na loja física um dispositivo para ver outros produtos em estoque


39,3% – Poder fazer compra pelo telefone


37,7% – Ter divulgação dos produtos nas redes sociais


37,1% – Avisar ou sugerir novo produto quando não tiver em estoque

Já em relação ao que falta para a jornada de compra ser perfeita, 24% indicaram a necessidade de aprimorar o atendimento para tirar dúvidas e buscar soluções. Outros 22% gostariam de mais descontos, promoções, cupons e fretes mais acessíveis ou grátis. E 21% desejam maior segurança na integração entre os canais.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/varejo-hibrido-realidade-consumidores/

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